Você tem o costume de reparar se as orelhas
do seu cachorrinho estão sujas? Pois deveria. Segundo a veterinária Isabela
Kieling, da Physical Clínica, uma limpeza correta dessa parte do corpo do
bichinho evita doenças como otite (inflamação do conduto auditivo). “Otites
recorrentes ou mais profundas, denominadas internas, podem afetar o equilíbrio
do animal e até mesmo levar à surdez”, afirma ela.
Isabela explica que esse tipo de inflamação
é muito comum em raças de orelhas caídas, como labrador e poodle, ou compridas
e peludas, como cocker spaniel e basset hound. “Orelhas caídas abafam os
ouvidos e não permitem a circulação do ar, condição que favorece a
multiplicação de bactérias e fungos”, explica ela.
Saber se o cão sofre de otite é fácil: além
do cheiro forte provocado pela inflamação e do visível excesso de cera, o
animal tende a pender a cabeça para um dos lados, coçar atrás das orelhas com
freqüência ou esfregar a orelha no chão. Entre as principais causas de otite
estão falta de higiene, umidade, parasitas, fungos e bactérias. Mas alergias,
problemas de pele, distúrbios hormonais e até a predisposição da raça também
podem resultar na doença.
Limpar as orelhas do animal e mantê-las
livres de umidade é o melhor jeito de prevenir a otite. O próprio dono pode
cuidar disso, passando, na parte interna das orelhas do cachorro, o dedo
indicador envolvido em algodão embebido em uma pequena quantidade de
ceruminolítico (produto que dilui a cera, encontrado em lojas especializadas).
“A higiene pode ser feita uma vez por semana, junto com o banho, ou quando for
necessário”, ensina Isabela.
E não é preciso ficar com medo de machucar
o bicho. Como o tímpano de cães e gatos é bem fundo, não há risco de o dono
perfurá-lo durante a limpeza. “O importante é nunca usar cotonetes ou pinças
com algodão, a fim de evitar acidentes”, recomenda Isabela. “Caso o animal já
esteja com otite, o melhor é levá-lo ao veterinário para que seja feita a
higiene adequada”, acrescenta ela. O tratamento da inflamação é feito com
medicamentos próprios, como antibióticos.
Fonte: GNT
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