De repente, o pâncreas desacelera a produção de insulina. Então, o organismo do animal deixa de transformar em energia toda a comida da tigela. Parte vira glicose - que, sem insulina, fica dando sopa no sangue, fora das células. O bicho até continua devorando tudo o que o dono lhe oferece, mas só faz perder peso, bota a língua pra fora, esbaforido, em qualquer caminhada à toa, não topa nenhuma brincadeira e vive sedento. São esses, aliás, os sinais do diabete nos cachorros, mal que vem se tornando uma das queixas mais frequentes nas clínicas veterinárias.
O diabete causa cegueira, qualquer machucado demora para se fechar, sem contar os estragos, muitas vezes fatais, que a doença faz nos rins e no coração. Complicações assim só são evitadas se o bicho recebe injeções diárias de insulina. As doses devem ser precisas e, a cada três meses, no máximo, o animal precisa de um acompanhamento minucioso. No mais, é cuidar bem da alimentação e estimular o bicho a se mexer todos os dias. Sem mudança nos hábitos, é praticamente impossível controlar o diabete. Seguindo à risca essas recomendações, seu melhor amigo pode ter uma rotina normal e viver bem - e por muito tempo.
Sintomas do diabete em cães: sede excessiva, perda de peso, aumento de apetite e cansaço são os mais evidentes. E, se você nota que junta formiga sempre que o bicho urina no quintal, pode apostar que há açúcar ali no líquido. Esse é outro sinal.
Raças mais vulneráveis: poodle, dachshund, schnauzer, beagle, golden retriever, labrador, spitz e samoieda - o que, atenção, não significa que as demais estejam a salvo. O diabete sempre é uma ameaça aos cães mais velhos, não importa a raça, e às fêmeas com problemas hormonais.
Tratamento: doses diárias de insulina, à base de rações dietéticas e, o mais importante, sessões diárias de exercício. No caso das fêmeas, em geral elas são castradas para que seus hormônios não atrapalhem a ação da insulina injetável.
Fonte: M de Mulher