Foi-se o
tempo em que o “chique” era ter um gato de raça simples, como um persa ou um
siamês. Agora, cruzamentos de raças feitos especialmente para conferir aos
felinos alguma característica especial começam a virar mania.
Já é
possível comprar no Brasil um Burmilla, que surgiu o cruzamento de um exemplar
de gato da raça Birmanesa com um Chinchilla. Resultado, uma cor cinza quase
prateada e um pêlo áspero. Os olhos, verdes, também são maiores que o dos gatos
“normais”.
A
estilista Rita Wainer comprou um desses a dois anos, que ganhou o nome de Deuz.
“Não escolhi a raça. Na verdade, eu fiquei pesquisando na Internet e gostei de
um deles pela foto. Acho que foi o Deuz que me escolheu. Foi praticamente uma
relação virtual. Um Burmilla como o de Rita custa cerca de R$ 1.000. “Achei
muito caro, sim, pelo menos para mim, que nunca tinha pagado um real para ter
um gato”, conta Rita, que antes era dona da vira-lata Theodora, que virou nome
da sua marca.
O
Burmilla é até barato se comparado com outro gato “especial”, o Ashera, criado
em laboratório nos Estados Unidos pela companhia Lifestyle Pets. Ele é
resultado da mistura de três espécies: o serval africano, o gato doméstico e o
leopardo asiático. Resultado: gatos enormes e esguios, com pelagens que lembram
a dos leopardos. O preço de um gato desses pode ser mais assustador que a
manipulação genética. Um exemplar pode custar até US$ 28 mil. Por isso mesmo, o
gato virou “objeto” de status entre os endinheirados americanos. Tem até a
versão antialérgica e o gato ainda vem com um certificado do DNA.
A
veterinária Luciana Deschamps, da clínica Senhor Gato, especializada em
felinos, vê a nova mania com certa desconfiança. “Essas raças criadas são
saudáveis e não apresentam nenhum problema específico. Mas ainda acho meio
estranho manipular a natureza. Acho que mais interessante deixar que os
cruzamentos entre raças ocorram naturalmente”, pondera.
Fonte: GNT
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