Dicas sobre como evitar a obesidade em
pets, cada vez mais frequente em animais criados dentro de apartamentos e
ambientes confinados. Para o médico veterinário, cabe somente aos proprietários
fazer o controle alimentar e incentivar a prática de atividades físicas
Por causa do estilo de vida de seus
proprietários e por viverem cada dia mais em ambientes confinados, com
alimentação abundante e calórica, o pets começaram a desenvolver obesidade.
Além desses fatores, a falta de atividade física e a castração ajudam nesse
processo, conforme aponta Marcelo Quinzani, diretor do Hospital Veterinário Pet
Care. “Como os animais não têm noção do perigo e das restrições à saúde
provocadas pela obesidade, cabe aos donos fazer esse controle alimentar e
incentivar a atividade física”.
É essencial fazer o controle do peso do
animal para evitar problemas decorrentes do ganho de peso e obesidade, como
diabetes, pancreatite, distúrbios respiratórios, dores articulares, problemas
de coluna, dificuldade de reprodução etc. O veterinário sugere que tal controle
seja feito a partir do primeiro ou segundo ano de idade. “É fundamental
verificar o peso regularmente, a cada dois ou três meses ou de acordo com a
percepção de ganho ou perda de volume feita visualmente pelo proprietário”,
afirma. “Animais castrados devem receber maior atenção, pois tendem a ganhar
peso mais fácil”.
Controlar o peso do pet não é tarefa árdua,
como aponta o diretor do Pet Care. “Normalmente calculamos o peso ideal quando
o animal chega em torno de 12 a 16 meses de idade”. Segundo o veterinário, esse
peso deve ser mantido como referência do pet por toda a vida, sabendo que
naturalmente pode aumentar com o envelhecimento e inatividade física. É preciso
lembrar também que o ganho de peso obedece à regra simples da diferença entre o
ganho e gasto calórico: para estar no peso ideal, deve-se haver um equilíbrio
desses fatores.
Dr. Marcelo salienta ainda que existem
fatores que favorecem a obesidade, como predisposições genéticas raciais, como
é o caso dos buldogues e beagles, por exemplo, doenças como hipotireoidismo e
hiperadrenocorticismo, além de alterações hormonais, hábitos alimentares
inadequados, ansiedade, solidão e naturalmente o envelhecimento.
Outro fator que deve ser levado em
consideração é a idade do pet, pois com o passar dos anos e a diminuição do
metabolismo e das atividades físicas, o animal passa a ganhar peso. “Isso
geralmente acontece do 5º ao 14º ano de vida”, garante Quinzani. Mesmo para estes animais, é importante se
preocupar se o peso estiver de 15 a 20% acima do ideal.
É comum também acontecer uma perda de peso
entre o 10º e 15º ano, devido à atrofia muscular e catabolismo mais intenso que
ocorre na fase final da vida. Este emagrecimento também pode estar relacionado
a outras enfermidades como diabetes, neoplasias - câncer, hipertireoidismo,
deficiência alimentar ou alimentação inadequada, insuficiência pancreática
exócrina, distúrbio gastrointestinais – como a temida gastrite crônica - além
inflamações intestinais. O diretor do Pet Care alerta que esta perda de peso
passa a ser preocupante acima de 10% do peso ideal.
Fonte: Revista Cães e Gatos
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